sábado, 27 de agosto de 2011

O Deserto - transformando provações em tesouros




O DESERTO – PARTE 4



TRANSFORMANDO PROVAÇÕES EM TESOUROS
2Co 3:17-18

A separação da falsa fé da verdadeira é somente o começo do propósito de Deus no deserto. Após a separação vem a purificação. Se quisermos conhecer a verdade, precisamos primeiramente ser feitos verdadeiros. Se quisermos ver a glória, primeiro temos que ser limpos para recebê-la. A dor e o sofrimento não nos tornam mais limpos, mas a fé necessária para suportá-los é o que nos purifica.
A fé verdadeira é simplesmente o reconhecimento Daquele no qual cremos. Quanto mais claramente O vemos, mais verdadeira é a nossa fé. O processo de provação e purificação da nossa fé é mais precioso do que qualquer coisa que poderemos trazer conosco do Egito. Essa purificação nos permite conhecer o Senhor mais intimamente e habitar em Sua presença.
Para que vejamos a glória do Senhor e sejamos transformados segundo à Sua imagem, o véu precisa ser rasgado. Esse é o propósito do deserto. Assim como foi necessário Jesus morrer para que o véu do templo se rasgasse, na nossa vida é necessário morrermos para o mundo para que o véu que nos separava de Deus venha ser rasgado e voltemos a ter íntima comunhão com Ele.
Quando estamos no Egito, no mundo, estamos numa vida de pecado, de conceitos totalmente materiais, os valores estão pautados nas coisas materiais. Quando aceitamos a Jesus, começa a nossa libertação do Egito, mas ainda carregamos os tesouros do Egito conosco, achando que eles têm algum valor. Mas quando chegamos no deserto percebemos que esse tesouro não nos serve para nada. O povo de Israel tinha todos os tesouros do Egito com eles no deserto. Eles só não tinham nenhum lugar para gastá-lo!
Quando os homens vinham a Jesus, eram desafiados a deixar tudo o que tinham para trás. Somente depois que fizermos isso seremos capazes de manejar a grande prosperidade da Terra Prometida. Porque existe um deserto a ser atravessado antes que cheguem até as promessas e esse deserto é local de libertação, purificação, de transformação e também de vitórias.
Os cristãos são a verdadeira realeza, pois não somos herdeiros de um rei terreno, somos herdeiros do Rei dos Reis. Todo aquele que nasce de novo, nasce da semente de Deus e toda a riqueza da terra não se compara com a herança do Senhor. Como embaixadores de Cristo, fomos chamados para uma vida de sacrifícios e batalhas, mas nesses sacrifícios e batalhas temos a promessa de uma alegria incomparável e a paz que excede todo o entendimento. Isso é muito mais valioso que as riquezas terrenas, mais ainda assim esse não deve ser o centro do nosso propósito. Fomos chamados para ser livres para que possamos libertar os que ainda são mantidos cativos pelo mundo.
Um dos propósitos primordiais do ministério de Jesus na terra era o de curar o necessitado e o oprimido, entretanto, Ele não chamou o indivíduo para segui-lo com esse fundamento. O evangelho tem sim como herança, liberdade, paz e alegria. Todas essas coisas são dádivas, mas nenhuma é barata. O verdadeiro evangelho declara enfaticamente que “quem quiser salvar a sua vida perdê-la-a; e quem perder a sua vida por minha causa achá-la-a”. (Mt 16:25) Aqueles que vem ao evangelho da graça fácil inevitavelmente perecem no deserto ou voltam para o Egito, mundo. Aqueles que vêm ao chamado verdadeiro de Cristo terão tempos difíceis. O Senhor nunca disse que seria fácil. Ele somente disse que seria válido. Há somente um caminho para a Terra Prometida, e esse caminho passa em meio ao deserto.
Perder de vista o propósito de Deus é ser enganado e morrer no deserto. Após nosso batismo e aliança de que viveremos para o Senhor e não para nós mesmos, o deserto existe somente para tornar isso uma realidade. O deserto foi criado para ser árduo. Mas o fruto da nossa experiência é a fé, que é mais consistente do que qualquer coisa que o mundo possa arremessar contra nós. No deserto, seremos mortos para nós mesmos e vivificados para Deus.
Após o deserto, teremos a presença de Deus conosco, um tesouro muito mais valioso do que qualquer coisa que o mundo possa nos oferecer. A Terra Prometida será maravilhosa, mas nada é tão maravilhoso quanto sermos transformados no templo de Deus. O deserto não será fácil, mas o fruto recompensará qualquer coisa que venhamos a atravessar.


JOYNER, Rick. O início da jornada. Ed. Dynamus. Belo Horizonte. 2001.

Miss. Mairi Franco

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