sábado, 27 de agosto de 2011

O Deserto - a linguagem da incredulidade


O DESERTO - PARTE 3


A LINGUAGEM DA INCREDULIDADE


Embora possamos aprender muito no deserto, não é a vontade de Deus que permaneçamos lá mais do que o necessário. A distância do ponto onde Israel deixou o Egito até Cades-Barnéia, o lugar que Deus originalmente determinou para que eles entrassem na Terra Prometida, é somente um período de dez a catorze dias de jornada a pé.
Eles não sairiam do deserto tão rápido assim, pois eles tinham que primeiramente receber a aliança do Senhor através da Lei e construir o tabernáculo para que Deus pudesse habitar entre eles. Mesmo assim, o povo de Israel estava pronto para entrar na Terra Prometida dois anos após terem deixado o Egito. No entanto, a sua falta de fé, demonstrada através de reclamação e murmuração, resultou numa espera de quarenta anos e na morte de uma geração inteira antes que pudessem entrar lá.
Infelizmente, a maioria dos cristãos tem seguido o mesmo exemplo. Por causa da sua fé, eles acabam vagando espiritualmente em círculos no deserto inúmeras vezes até que perecem lá, sem nunca ter verdadeiramente ou completamente vivido as promessas que Deus lhes deu.
Isso não nos permite concluir que aqueles que não entraram na Terra Prometida foram eternamente condenados. Eles experimentaram a salvação da cruz através da Páscoa. Eles foram batizados em Cristo no Mar Vermelho. Eles até mesmo se tornaram sacerdotes e ministros. Mas eles ainda assim não entraram na Terra Prometida.
Há muito mais nos propósitos de Deus para nós do que somente sermos “salvos”. Ele tem uma Terra Prometida que podemos possuir. O Senhor não tirou Israel do Egito somente para livrá-los da escravidão. O propósito de Dele era usá-los como um instrumento de redenção para que o mundo todo fosse, através deles, também liberto da escravidão.
Não fomos salvos para perecermos no deserto! O deserto não é o nosso lar. O Senhor não quer que fiquemos lá por mais tempo do que o necessário. Fomos tirados do Egito para irmos para a Terra Prometida.
A murmuração é sinal de um coração incrédulo, de um coração endurecido. A murmuração destrói a nossa fé, destrói a fé daqueles que estão ao nosso redor e ainda acende a ira do Senhor.
A fé move o nosso Deus. A incredulidade é uma afronta a Ele e nunca nos trará libertação. A fé é o caminho mais curto para o cumprimento das promessas. A incredulidade é o caminho das infinitas voltas em círculo no deserto. Nós não obteremos as promessas de Deus com incredulidade nos nossos corações.
A murmuração é a linguagem da incredulidade. O louvor é a linguagem da fé. O deserto é o lugar onde o Senhor faz Sua habitação em nós, habitando no meio dos louvores do Seu povo (Sl 22:3). O louvor que Deus habita é muito mais do que somente repetições; é um coração que regozija e crê, provando a si mesmo ser um louvor verdadeiro quando prevalece contra qualquer circunstância.
O Senhor ordena que atravessemos o deserto e que cheguemos a Terra Prometida, pois é no deserto que o fiel é separado do falso. Nenhum coração falso receberá as promessas do Senhor. Na verdade, quando começamos nossa jornada existem poucos que são verdadeiramente fiéis. Mas, no deserto, muitos dos que começaram sem fé, com certeza começam a crer. Esse é o propósito de Deus para o deserto. Quando passamos a entender isso, consideramos tudo como sendo um gozo.
“Tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.”


JOYNER, Rick. O início da jornada. Ed. Dynamus. Belo Horizonte. 2001.

Miss. Mairi Franco

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