É através do batismo que movemos de uma posição fora de Cristo para uma posição de habitação nEle. É através da cruz que somos libertos da escravidão do mundo, mas é através do batismo e de seguir a nuvem da presença de Deus que somos verdadeiramente unidos a Cristo. Através do batismo, movemos para uma posição de habitação Nele. Paulo explicou isso ainda mais em Romanos 6:4-5
“Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição.”
Batismo é ser unido com Cristo na própria semelhança da Sua morte para, então, viver no poder da Sua ressurreição. Nós podemos imergir uma pessoa nas águas quantas vezes desejamos – no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo – mas isso nunca irá, por si só, fazer-nos participantes da morte do Senhor. O batismo em água é um ritual que representa o compromisso que estamos fazendo de viver em união com Cristo.
O batismo em água é um comprometimento cerimonial ao que se tornará uma realidade em nossas vidas. O batismo que Paulo estava declarando aos cristãos romanos era o verdadeiro comprometimento de união com o Senhor na Sua morte. Isso é um voto diário de tomar nossa cruz e deixar nossas próprias vidas e nossos próprios interesses pela causa do Evangelho.
O batismo é uma realidade total, não somente uma compreensão de uma doutrina de submissão a um ritual. Esse é o verdadeiro batismo, diariamente negando nossas próprias vidas e interesses pessoais para servir a Jesus. Nossa imersão em água é um ritual que simboliza nosso voto em tornar realidade nosso comprometimento com Jesus, testificando que não mais vivemos para nós mesmos, mas para Ele.
Essa não é a única maneira de depreciar a importância do batismo nas águas. Cerimônias ordenadas por Deus são tão importantes quanto uma cerimônia de casamento é importante para o início apropriado de um casamento. Muito mais importância é dada ao batismo nas águas no Novo Testamento do que a maioria das igrejas contemporâneas reconhecem.
Precisamos começar nossa caminhada com Cristo com o comprometimento de ser guiados não por conveniência, mas pela vontade Dele. Nossa submissão à conveniência é possivelmente o maior inimigo para nossa experiência do verdadeiro batismo – deixar de lado nossas vidas por causa Dele.
A qualidade da nossa conversão pode ter um impacto na qualidade de nossa vida espiritual inteira. Nosso zelo por conveniência é um inimigo terrível da nossa fé verdadeira. Esse é um dos primeiros ídolos que precisam ser destruídos em nossas vidas se vamos habitar em Cristo. Portanto, é importante que retornemos às práticas bíblicas de selar o novo nascimento com batismo – e rapidamente! Fazendo isso, precisamos também dar um claro entendimento do que o batismo representa.
O verdadeiro batismo nos salva, mas o ritual de ser imerso em água é somente um símbolo de uma realidade maior. Somos submersos, representando que deixamos nossas próprias vidas em função de participar com Ele em Sua morte, e quando nos levantamos da água, representamos que somos também participantes de Sua ressurreição.
“Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição.” Rm 6:5
O BATISMO NO MAR VERMELHO
Depois de mais de quatrocentos anos de escravidão, Israel deixou o Egito como um povo livre. Sem uma arma sequer, esse humilde grupo de escravos derrotou a maior nação da Terra e levou consigo seus tesouros. Mesmo reconhecendo as mudanças dramáticas que estão acontecendo atualmente, nunca houve uma inversão política na história humana que se compare à libertação de Israel da escravidão egípcia. Alguns dias atrás eram escravos sem nenhuma esperança; depois, repentinamente, não somente estavam livres, mas também mais prósperos do que o maior otimista teria imaginado. Um Deus verdadeiramente maravilhoso considerou o sofrimento deles e lhes deu a libertação. Mas tal vitória ainda não estava completa. Faraó ainda tinha seu exército e o usaria para fazer um último ataque audaz sobre o povo de Israel.
Em Faraó encontramos um dos maiores arquétipos bíblicos de Satanás. A prioridade de Satanás continua ser a de manter o povo de Deus sob escravidão. Se ele não puder manter-nos sob escravidão, ele tentará destruir-nos. Nossa vitória não estará completa até que, como os israelitas que fugiram de Faraó, tivermos atravessado o Mar Vermelho. O Mar Vermelho é uma tipologia bíblica do batismo. É através do batismo que nosso inimigo é completamente destruído. Através do batismo, somos para sempre separados do domínio que nos manteve cativos. O apóstolo Paulo explica isso na seguinte passagem:
“Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar; tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés.” I Co 10:1-2
JOYNER, Rick. O início da jornada. Ed. Dynamus. Belo Horizonte. 2001.
Miss. Mairi Franco




