sábado, 1 de dezembro de 2012

O Justo

O Justo


“Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente.” Mt 1:19

 O JUSTO nÃO INFAMA

Que significa infamar: 
Difamar, atribuir infâmia, manchar a honra e reputação de outrem.


“O homem perverso levanta a contenda, e o difamador separa os maiores amigos.” Pv 16:28

O verdadeiro cristão é justo, e sendo justo não infama. 

PORQUE O JUSTO NÃO INFAMA: 


1. Porque a difamação é característica do homem ímpio.

“Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas”.
  1 João 3:12


2. Porque aquele que difama é um insensato.
O que encobre o ódio tem lábios falsos, e o que divulga má fama é um insensato.”
Provérbios 10:18

3. Porque aquele que difama perdeu o afeto natural.

Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” 

2 Timóteo 3:1-5

CARACTERÍSTICAS DE UM JUSTO

Novo Nascimento
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” 
João 3:3-5

Nova Criatura
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
2 Coríntios 5:17

Novidade de Vida




“De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;
Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.”
Romanos 6:4-6

O JUSTO É DIFAMADO

E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”
2 Tm 3:12
Jesus nos previniu dizendo: “Bem aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa”.
Mt 5:11-12

HOMENS DE DEUS QUE FORAM DIFAMADOS

Moisés (Nm 16:1-3)
Davi (1 Sm 17:28)
Elias (1 Reis 18:17)
Jeremias (Jr 37:15-16)
Jesus (Mt 27:63)
Paulo (1 Co 4:11-13; 2 Co 11:16-33)
Tiago (At 12:1-2)
Estevão (At 7:54-58)
Os apóstolos (At 4:1-3)
A igreja primitiva (At 9:1)




O JUSTO NÃO É DESAMPARADO

"Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas". Sl 34:19

v“O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.” Sl 34:7
v“Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor.” Sl 34:15
v“Assim sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar o injusto para o dia do juízo, para serem castigados.” 2 Pe 2:9
v“Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho de seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.” Hb 11:4
v“Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão.” Salmos 37:25

FONTE: OLIVEIRA, Eduardo Sampaio. Ainda há semente no seleiro. 2ª ed., Goiânia - GO. 1994. 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Pregação dia 19 de abril de 2012


PREGAÇÃO DIA 19/04/2012
Preletor(a): Miss. Mairi Franco
Texto base: Jeremias 17:5-8
“Uma vida dedicada às coisas materiais é morta, um tronco cortado; uma vida moldada por Deus é uma árvore florescente”. Provérbios 11:28

Primeiramente precisamos entender que uma árvore precisa da terra e da água para viver. Assim como a árvore, o ser humano enquanto estiver vivo precisa estar na terra, ou seja, neste mundo, e precisa da água do Espírito Santo para ter vida espiritual.
Provérbios 11:28, descrito acima, diz que a pessoa que dedica sua vida às coisas materiais é uma pessoa morta espiritualmente, porque o que é material é morto, e o que não tem vida não pode gerar vida. Mas uma pessoa que vive uma vida nos padrões divinos, ou seja, de justiça e amor, essa será comparada a uma árvore florescente, ou seja, com vida em abundância.
O texto de Jeremias 17:7-8 diz que bendito é o homem que coloca a sua confiança no Senhor, ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro.
Aqui está o segredo para uma vida espiritual abundante: A confiança no Senhor.
Características de quem confia no Senhor:
  • Tem vida espiritual
  • Busca intensamente ao Senhor
  •  Não teme quando chega a dificuldade
  •  Tem vida mesmo quando tudo a sua volta está morto
  • Não fica ansioso no tempo da seca e nem deixa de dar fruto
Assim como uma árvore que está plantada junto às águas, quem confia no Senhor está plantado em Jesus, que é a fonte de vida. Além de estar plantado junto às águas é necessário aprofundar as suas raízes para o ribeiro. Aprofundar significa buscar, se esforçar para alcançar o ribeiro, e para isso é necessário buscarmos ao Senhor, irmos ao encontro dele para nos alimentarmos cada vez mais das suas proteínas espirituais. Isso inclui buscar ao Senhor através da Palavra e da Oração, tendo uma comunhão íntima com Deus. Assim, o Espírito Santo estará sempre nos conduzindo a uma vida em abundância.
Muitas pessoas estão plantadas junto ao ribeiro, mas não aprofundam as suas raízes para buscar o alimento direto da fonte. Ela fica perto, mas não alcança. Depende de outras pessoas para regá-la. Desse jeito quando vier a seca, sua raiz não terá a profundidade para alcançar o ribeiro. Como a terra está seca, não tem vida para que a raiz cresça e daí não consegue florescer e nem dar fruto. Terá que lutar para permanecer viva, para naquele momento tentar encontrar a água que não se esforçou para buscar antes da dificuldade, porque estava sempre dependendo da busca e do esforço de outros, sua confiança estava nos homens. Mas há um tempo em que a pessoa terá que enfrentar sozinha.
Busque ao Senhor em todo o tempo e procure aprofundar suas raízes no ribeiro, pois assim, não será abalado.
Em Jeremias 17:5-6 o Senhor adverte dizendo que maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força. Isso quer dizer que quem confia no Senhor para conduzir a sua vida e resolver os seus problemas é bendito, mas quem confia nos homens é maldito. Muitas pessoas ao invés de buscar no Senhor a solução para o desemprego, para a doença, para o problema conjugal, etc, busca confiar nos homens e na maioria das vezes acabam resolvendo um problema e adquirindo outro. O Senhor não pede nada em troca, quando Ele abre uma porta, homem nenhum fecha. Mas uma porta aberta pelo homem, a qualquer momento o homem pode fechá-la.
Quando a pessoa busca a solução e força em homens, automaticamente ela está se afastando do Senhor, porque está confiando mais nos homens do que em Deus. Suas raízes estão caminhando para o lado oposto ao ribeiro. “Ele será como um arbusto no deserto, não verá quando vier algum bem. Habitará em lugares áridos do deserto, numa terra salgada onde não vive ninguém”. Jr 17:6. Isso quer dizer que no período da dificuldade a pessoa que não põe a sua confiança no Senhor ficará sozinha, num local de muita dificuldade e sem vida. Sua confiança foi colocada no homem, mas o homem não poderá fazer nada no momento que vier a seca, pois a seca também chegou para ele. Enquanto para o Senhor nunca há seca, sempre haverá água em abundância.
Porém, quem confia no Senhor, no tempo da seca, tudo a sua volta está morto, mas ele está cheio de vida, florescendo e dando fruto. Imagina uma árvore no meio do deserto, cheia de flores e depois cheia de frutos. Mesmo sozinha, o Senhor está sempre alimentando e dando forças para suportar e vencer nesse tempo difícil. Porque Jesus é uma fonte inesgotável, nunca falta água para saciar a nossa sede. Basta aprofundarmos nossas raízes no ribeiro e beberemos sempre dessa fonte de águas vivas.
Qual das duas árvores você quer ser? A que confia no Senhor ou a que confia nos homens?


Miss. Mairi Franco

Louvor: Águas Purificadoras – Diante do Trono




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domingo, 28 de agosto de 2011

O Deserto - o verdadeiro batismo





O DESERTO - PARTE 8




O VERDADEIRO BATISMO

É através do batismo que movemos de uma posição fora de Cristo para uma posição de habitação nEle. É através da cruz que somos libertos da escravidão do mundo, mas é através do batismo e de seguir a nuvem da presença de Deus que somos verdadeiramente unidos a Cristo. Através do batismo, movemos para uma posição de habitação Nele. Paulo explicou isso ainda mais em Romanos 6:4-5
“Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição.”
Batismo é ser unido com Cristo na própria semelhança da Sua morte para, então, viver no poder da Sua ressurreição. Nós podemos imergir uma pessoa nas águas quantas vezes desejamos – no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo – mas isso nunca irá, por si só, fazer-nos participantes da morte do Senhor. O batismo em água é um ritual que representa o compromisso que estamos fazendo de viver em união com Cristo.
O batismo em água é um comprometimento cerimonial ao que se tornará uma realidade em nossas vidas. O batismo que Paulo estava declarando aos cristãos romanos era o verdadeiro comprometimento de união com o Senhor na Sua morte. Isso é um voto diário de tomar nossa cruz e deixar nossas próprias vidas e nossos próprios interesses pela causa do Evangelho.
O batismo é uma realidade total, não somente uma compreensão de uma doutrina de submissão a um ritual. Esse é o verdadeiro batismo, diariamente negando nossas próprias vidas e interesses pessoais para servir a Jesus. Nossa imersão em água é um ritual que simboliza nosso voto em tornar realidade nosso comprometimento com Jesus, testificando que não mais vivemos para nós mesmos, mas para Ele.
Essa não é a única maneira de depreciar a importância do batismo nas águas. Cerimônias ordenadas por Deus são tão importantes quanto uma cerimônia de casamento é importante para o início apropriado de um casamento. Muito mais importância é dada ao batismo nas águas no Novo Testamento do que a maioria das igrejas contemporâneas reconhecem.
Precisamos começar nossa caminhada com Cristo com o comprometimento de ser guiados não por conveniência, mas pela vontade Dele. Nossa submissão à conveniência é possivelmente o maior inimigo para nossa experiência do verdadeiro batismo – deixar de lado nossas vidas por causa Dele.
A qualidade da nossa conversão pode ter um impacto na qualidade de nossa vida espiritual inteira. Nosso zelo por conveniência é um inimigo terrível da nossa fé verdadeira. Esse é um dos primeiros ídolos que precisam ser destruídos em nossas vidas se vamos habitar em Cristo. Portanto, é importante que retornemos às práticas bíblicas de selar o novo nascimento com batismo – e rapidamente! Fazendo isso, precisamos também dar um claro entendimento do que o batismo representa.
O verdadeiro batismo nos salva, mas o ritual de ser imerso em água é somente um símbolo de uma realidade maior. Somos submersos, representando que deixamos nossas próprias vidas em função de participar com Ele em Sua morte, e quando nos levantamos da água, representamos que somos também participantes de Sua ressurreição.
“Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição.” Rm 6:5



O BATISMO NO MAR VERMELHO

Depois de mais de quatrocentos anos de escravidão, Israel deixou o Egito como um povo livre. Sem uma arma sequer, esse humilde grupo de escravos derrotou a maior nação da Terra e levou consigo seus tesouros. Mesmo reconhecendo as mudanças dramáticas que estão acontecendo atualmente, nunca houve uma inversão política na história humana que se compare à libertação de Israel da escravidão egípcia. Alguns dias atrás eram escravos sem nenhuma esperança; depois, repentinamente, não somente estavam livres, mas também mais prósperos do que o maior otimista teria imaginado. Um Deus verdadeiramente maravilhoso considerou o sofrimento deles e lhes deu a libertação. Mas tal vitória ainda não estava completa. Faraó ainda tinha seu exército e o usaria para fazer um último ataque audaz sobre o povo de Israel.
Em Faraó encontramos um dos maiores arquétipos bíblicos de Satanás. A prioridade de Satanás continua ser a de manter o povo de Deus sob escravidão. Se ele não puder manter-nos sob escravidão, ele tentará destruir-nos. Nossa vitória não estará completa até que, como os israelitas que fugiram de Faraó, tivermos atravessado o Mar Vermelho. O Mar Vermelho é uma tipologia bíblica do batismo. É através do batismo que nosso inimigo é completamente destruído. Através do batismo, somos para sempre separados do domínio que nos manteve cativos. O apóstolo Paulo explica isso na seguinte passagem:
“Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar; tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés.” I Co 10:1-2



JOYNER, Rick. O início da jornada. Ed. Dynamus. Belo Horizonte. 2001.

Miss. Mairi Franco

O Deserto - a tirania do familiar





O DESERTO - PARTE 7




A TIRANIA DO FAMILIAR

As provações que enfrentamos no deserto foram criadas para tirar de nós os caminhos do mundo que continuam a dominar nossos pensamentos e ações. Fomos redimidos pelo sangue do Cordeiro, mas também somos exortados: “Desenvolvei a vossa salvação... pois Deus é quem efetua em vós”. Fp 2:12-13. Nossa experiência no deserto é onde Deus começa a trabalhar em nós.
O deserto é o lugar onde aprendemos a verdade sobre Deus e sobre nós mesmos. O confronto com nosso eu nos faz ver em que posição estamos diante de Deus. Um dos maiores julgos que o ser humano carrega é a tirania do familiar, ou seja, é a tendência que o ser humano tem de se acostumar com o que está a sua volta, com aquilo que lhe é familiar, sendo bom ou ruim. Existe aí uma resistência muito grande a mudanças.
Apesar de ter sido a difícil opressão da escravidão que levou o povo de Israel a clamar a Deus por libertação, havia um tipo de segurança na escravidão do Egito que era mais desejável do que o que podemos considerar como imprevisível ao seguir a Deus.
No Egito, eles pelo menos sabiam o que esperar. No deserto onde eles tinham que confiar em Deus para a provisão diária, eles não conseguiam sentir-se seguros. Muitos na igreja preferem passar por abuso, tormento e dor das circunstâncias do familiar que os mantém sob escravidão a ter de correr o risco de estarem abertos às mudanças que vêm com o compromisso de seguir a Deus.
A razão primordial porque somos inclinados a escolher escravidão espiritual do que seguirmos a Deus é nossa tendência humana de colocar nossa segurança no que acontece ao nosso redor ao invés de confiar no Senhor. Nossa inclinação é colocar nossa fé em circunstâncias que nós podemos controlar ou que nos controlam de uma maneira consistente e imutável, da qual podemos depender.
Com Deus, temos a garantia de muito mais paz, e segurança, mas elas precisam estar ancoradas nEle, e não no que está ao nosso redor. Deus não muda, mas quando andamos com Ele, muitas mudanças acontecerão ao nosso redor. Esse é um julgo difícil de ser quebrado e é o principal propósito das nossas experiências no deserto.
Pessoas carnais obedecem a autoridades carnais. É preciso um homem espiritual para reconhecer e obedecer à verdadeira autoridade espiritual. Se quisermos andar em autoridade espiritual, não podemos deixar que ninguém nos aprisione, tire proveito de nós, exalte-se ou tente controlar-nos através de intimidação ou humilhação. Tais líderes são falsos apóstolos, falsos profetas, falsos pastores e falsos mestres.
Nós nos maravilhamos de ver como os israelitas, mesmo depois de receberem o maná do céu em abundância, puderam desejar as panelas de carne do Egito. No entanto, não temos nós feito a mesma coisa repetidas vezes? A história da igreja é uma história que se repete, como a igreja tem escolhido a familiaridade da escravidão espiritual ao invés da liberdade de andar com Deus. Isso tem feito com que a igreja ande segundo os caminhos do mundo, e não segundo a imprevisibilidade intencional do deserto que precisamos atravessar até chegar a Terra Prometida.
O medo é a porta para o domínio e controle de Satanás, assim como a fé é a porta para o Reino de Deus. Nós nos submetemos ao controle daquilo que tememos. Ninguém quer ser enganado, mas quando nos submetemos ao medo de errar, ao invés de termos amor pela verdade, o erro ganhará um domínio cada vez maior sobre nossas vidas.
Alguns cristãos, ao se submeterem ao medo de errar, agora têm mais fé que Satanás irá enganá-los do que fé que Deus os guiará na verdade, e então, o inimigo pode aumentar seu controle sobre essas vidas.
Outros deixam seu chamado, o mandamento divino, para vigiar seitas, e têm na verdade usurpado o trabalho dos anciãos e pastores, tentando ser juízes na igreja. Eles quase que inevitavelmente se tornam uma pedra de tropeço, publicando difamação e boatos como se fossem fatos comprovados, na maioria das vezes mostrando menos integridade nos critérios de pesquisa do que os critérios que a própria mídia tem.
O principal fruto de tais ministérios é semear medo na igreja, que fará com que o Corpo de Cristo seja dividido. Satanás sabe muito bem que “todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá”. Mt 12:25. A estratégia número um de Satanás conta a igreja é trazer divisão. O Espírito de Deus opera através de amor e fé, que trazem união. O diabo opera semeando suspeita e paranóia a fim de trazer divisão. Medo é um jugo de escravidão, e aqueles que lideram através do medo são falsos ministros.
Nosso Deus é um Deus de diversidade. Ele faz todos os floquinhos de neve diferentes uns dos outros. Ele faz cada pessoa diferente, cada congregação diferente. Se nós deixarmos, Ele fará cada culto ou evento diferente. Por que é que o Senhor continuamente nos diz que Ele está fazendo novas todas as coisas? Is 43:19. Por que é que Ele continuamente faz as coisas de maneiras novas? Deus opera em contínua novidade dentro da igreja para que nossa fé seja mantida Nele, e não no que está ao nosso redor. Quando mudanças que são ordenadas por Deus nos incomodam, é uma revelação de como estamos presos a tirania do familiar, e como a fé que realmente temos Nele é pequenina.
Historicamente, pouquíssimos foram os que alcançaram as promessas de Deus. A maioria dos cristãos passa a vida vagando pelo deserto em círculos. A principal razão para isso acontecer é porque poucos têm tido coragem suficiente para arriscar a fazer mudanças, como Abraão fez, de estar disposto a caminhar através de lugares desconhecidos em busca da cidade que Deus construiria. Quando entendemos o poder incrível da escravidão ao que é familiar, nós podemos nos maravilhar com o extraordinário ato de fé de Abraão em deixar Ur dos caldeus.
Todos os que possuem uma fé verdadeira são chamados para agir como Abraão. Para andar verdadeiramente com Deus, precisamos estar dispostos a deixar o familiar para segui-lo por lugares desconhecidos. Cada nova geração espiritual tem que fazer uma escolha entre continuar seguindo o familiar, com seus métodos antigos, ou estar disposta a ir adiante e buscar Deus em lugares desconhecidos, que não nos são familiares. Somente quando fazemos isso é que há potencial para a verdadeira liberdade no Espírito e para a fé verdadeira em Deus.
Somente poucos de cada geração ou movimento espiritual têm-se disposto a se separar de multidões que buscam a segurança do que é conhecido, a fim de seguir pelo caminho estreito, que geralmente não é tão percorrido. Verdadeiramente, nesse caminho de fé existem muitos perigos e possíveis decepções, mas esse é o caminho que nos leva à Cidade de Deus.





JOYNER, Rick. O início da jornada. Ed. Dynamus. Belo Horizonte. 2001.

Miss. Mairi Franco


O Deserto - transformando pedras de tropeço em alicerce




O DESERTO – PARTE 6




TRANSFORMANDO PEDRAS DE TROPEÇO EM ALICERCE
Gn 15 e 16
Quando analisamos alguns dos maiores homens de Deus percebemos que eles em sua caminhada cometeram os maiores erros. Porém, voltar para o percurso e continuar após nossos erros às vezes requerem de nós uma fé muito grande. É geralmente após nossos maiores erros que nós caímos na realidade de que nossos maiores esforços não alcançaram nossos alvos. É aí que nossa fé se torna real. Nesse ponto é que ela é direcionada para Aquele que é a Verdade. Nossa fé tem de estar Nele, e não em nós mesmos e nem mesmo em nossa fé.
Nesse ponto passamos a entender a verdade crucial que a única coisa que podemos fazer para Deus é crer Nele. Tudo o que recebemos até mesmo nossa fé, recebemos Dele.
Embora aqueles que possuem a fé verdadeira sejam abatidos ocasionalmente, eles sempre se levantarão e serão mais fortes do que antes, independente de quão detestáveis seus erros venham a ser. A maioria dos heróis das Escrituras atingiu suas maiores vitórias após seus piores erros. Deus é redenção, e Ele testifica isso através de todos aqueles que Ele chama.
Quando tentamos fazer com que as promessas se cumpram através de nossos próprios esforços, podemos criar problemas que nos seguirão até o fim de nossas vidas, e até mesmo afetar nossos descendentes, como foi com Abraão.
Em Gênesis 15 o Senhor falou a Abrão numa visão: “Não tenha medo, Abrão! Eu sou o seu escudo; grande será a sua recompensa! Mas Abrão perguntou: ‘Ó Soberano Senhor, que me darás, se continuo sem filhos e o herdeiro do que possuo é Eliézer de Damasco? E acrescentou: Tu não me deste filho algum! Um servo da minha casa será meu herdeiro’. Então o Senhor lhe deu a seguinte resposta: ‘Seu herdeiro não será esse. Um filho gerado por você mesmo será o seu herdeiro’. Levando-o para fora da tenda, disse-lhe: ‘Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las’. E prosseguiu: ‘Assim será a sua descendência’. Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça. Disse-lhe ainda: ‘Eu sou o Senhor, que o tirei de Ur dos caldeus para dar-lhe esta terra como herança’...”.
 O capítulo 15 começa com o tratamento profético “não tenha medo”. Deus tranqüiliza o medo que brota naturalmente em nós quando estamos na presença direta do Senhor. Deus lembra Abrão de sua promessa descrita em Gênesis 13:15-16 ‘toda a terra que você está vendo darei a você e à sua descendência para sempre. Tornarei a sua descendência tão numerosa como o pó da terra. Se for possível contar o pó da terra, também se poderá contar a sua descendência’, porém, ele questiona a promessa com uma declaração corajosa de dúvida. Deus reitera sua promessa e aponta para os céus, o que não prova nada. Mas perante a palavra e a visão Abrão acredita em Deus, ou seja, Ele confia no poder da palavra de Deus para criar uma realidade. Por sua crença absoluta, ele é chamado de justo. A libertação do medo permite o caminhar fiel.
A consagração de uma aliança requer a participação de duas partes que se comprometem solenemente uma com a outra. Em um ato litúrgico de adoração, a aliança preparada une graciosamente as promessas de Deus ao futuro de Abrão. Ele não sabe quando as promessas serão cumpridas, concorda em esperar porque confia em Deus.
Quando o Senhor prometeu a Abrão uma descendência numerosa ele tinha 75 anos, mas ela só se cumpriu 25 anos depois quando ele tinha 100 anos. Nesse tempo de espera é que nossa fé precisa ser desenvolvida para não cometermos erros que possam comprometer todo o nosso futuro. Quando a jornada é longa, a visão enfraquece e sementes de dúvida começam a crescer.
Sarai, mulher de Abrão vendo que dez anos havia se passado após a promessa e ela não lhe dera filhos, resolveu entregar sua serva Agar a Abrão para que este a tomasse e que a promessa se cumprisse através dela, ou seja, ela fez uma proposta para dar uma ajudinha pra Deus, Gênesis 16. Como se Deus precisasse da nossa ajuda! E assim Abrão atendeu ao pedido de sua esposa.
Isso significa que Sarai e Abrão tentaram forçar o cumprimento das promessas de Deus de olho no calendário humano e pelo emprego de métodos e recursos próprios, o que resultou em um conflito entre os descendentes de Isaque e Ismael que dura até hoje. Quem depende de Deus faz as coisas certas no tempo de Deus, da maneira de Deus e pelo poder de Deus.
Porém, quando interferimos nos propósitos de Deus estamos trazendo problema para as nossas vidas ao invés de bênção. Depois que Agar, a serva, ficou grávida, começou a olhar sua senhora com desprezo, isso significa que ela passou a sofrer as conseqüências dos seus atos.
De acordo com o costume da época, no antigo Oriente Próximo, o fato de se ter uma concubina para obter um herdeiro era legal e aceito por todos. Mas esse não era o plano de Deus. Ele queria manifestar a sua glória através do sobrenatural.
Precisamos tomar cuidado para não tomarmos posse do Ismael que aparece em nosso caminho pensando que é Isaque. Para isso é necessário buscarmos ao Senhor, nos derramarmos em tua presença. É necessário ter intimidade com o Senhor para discernirmos o que é da carne e o que é do Espírito. O que é Ismael e o que é Isaque (riso, alegria).
Se errarmos, precisamos reconhecer nossos erros, nos humilharmos, nos arrependermos, nos derramarmos em seu altar e deixarmos o Senhor ser Senhor da nossa vida. Nossa função é apenas adorar, esperar com fé e paciência, depender totalmente do Senhor, deixar Deus transformar nossas vidas e buscar ter intimidade com Ele. O mais Ele fará.
Ismael é nascido da semente terrena, nascido segundo a carne, sustentado através de lutas e esforços, enquanto Isaque é o filho da promessa.
Não podemos confundir a bênção do Senhor com a presença do Senhor. Quando a semente verdadeira aparece, sempre existirá um conflito, porque os Ismaéis tentarão destruir os Isaques que aparecerem para tomar os seus lugares. Aqueles que seguem segundo as aparências certamente seguirão a Ismael.
A semente escolhida de Deus, seja um trabalho ou uma pessoa, raramente serve de algum proveito para os que têm mentes terrenas. A semente verdadeira parece insignificante aos de mente terrena. Aqueles que julgam através da aparência colherão sementes carnais e vão detestar a semente verdadeira.
Hoje em dia, tem muita gente tomando posse de Ismael pensando que é Isaque, simplesmente porque só quem é espiritual consegue ver o que é espiritual e se alguém está na carne vê Ismael com bênção e Isaque como inimigo. Quantos homens e mulheres carnais têm sido adorados e quantos homens e mulheres espirituais têm sido detestados!
Muitas vezes a bênção está na nossa frente e não vemos porque estamos olhando para a aparência do Ismael, com os olhos da carne. Precisamos buscar a visão espiritual para enxergar o Isaque que verdadeiramente nos fará felizes. Ismael aparece para nos confundir, pelo olhar humano ele é a promessa, mas na verdade ele é como a Palavra diz em Gênesis 16:12 ‘Ele será como um jumento selvagem; sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele, e ele viverá em hostilidade contra todos os seus irmãos’. Então, cuidado! Tomar posse de Ismael significa tomar posse de tribulação.
A medida que buscamos comunhão com Deus, passamos a contemplar pelos olhos da fé a cidade de Deus e as maiores realizações humanas passam a ser comuns. Se vivemos em castelos ou em cavernas não nos importa, o que importa é estarmos na presença gloriosa do nosso Deus. Se habitamos no Senhor, habitamos em Sua glória, independente das circunstâncias.
A fé verdadeira vem ao termos os olhos do nosso entendimento aberto pelo Senhor, até que possamos vê-Lo e ver a Cidade Santa mais nitidamente do que vemos o nosso mundo. Esse é o objetivo do deserto, é um processo de transformação em que vamos passar a ver o nosso tempo no deserto como um tesouro, porque é ali que nos tornamos íntimos de Deus. Quando o Senhor disse a Faraó para libertar o povo foi com o objetivo de que eles fossem para o deserto celebrar uma festa, ou seja, o Senhor nos leva para o deserto para o adorarmos, para que nós venhamos a ter intimidade com Ele e construirmos o verdadeiro alicerce de nossas vidas.
É no deserto que construímos a habitação de Deus para que Ele habite no meio de nós. Embora possamos caminhar durante anos por lugares secos, os tesouros do Egito e da Babilônia perderão o seu valor para nós, porque iremos enxergar o verdadeiro tesouro que é Jesus Cristo. Passamos a valorizar o que é eterno, porque nossa herança está no Senhor, na vida eterna em Cristo Jesus e temos a eternidade para desfrutarmos dela.


JOYNER, Rick. O início da jornada. Ed. Dynamus. Belo Horizonte. 2001.
Miss. Mairi Franco

sábado, 27 de agosto de 2011

O Deserto - fé e paciência


O DESERTO – PARTE 5





FÉ E PACIÊNCIA

“Não vos torneis intolerantes, mas imitadores daqueles, que, pela fé e pela longanimidade, herdaram as promessas” Hb 6:12
Abraão, o pai da fé, “depois de esperar com paciência, obteve a promessa”. Hb 6:15
Paciência é a demonstração de fé, mas poucos compreendem isso. Por causa da falta de entendimento desse princípio, poucos obtêm as promessas ou cumprem seu chamado. Aproximadamente dois milhões de israelitas saíram do Egito, mas somente dois homens daquela geração entraram na Terra Prometida. Isso significa um em um milhão.
Uma das provações mais difíceis para o ser humano é esperar. Esse é um dos testes mais sérios que temos que suportar quando estamos no deserto. Muitas vezes por um dia perdemos a bênção. Se tivéssemos aguardado apenas um pouco mais, porém a tendência é nos rendermos aos nossos medos e dúvidas bem no final do teste. Perecemos exatamente antes do nosso Redentor aparecer. Geralmente perdemos a batalha quando estamos bem no limiar da vitória, porque nossa paciência começa a diminuir comprometendo nossa fé. Mas é preciso ter fé e paciência para receber a herança prometida.
“Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa”. Hb 10:36
“Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível”. Hb 11:27
A impaciência é tão mortal que o Senhor não nos confiará a bênção da Terra Prometida até que sejamos libertos desse mal.
Frequentemente desistimos exatamente antes da vitória – exatamente antes de Deus vir até nós com sua aliança gravada em tábuas. Se Ele não nos encontra esperando, a aliança é quebrada. Quando Ele se apartou, ordenou-nos que esperássemos o Seu retorno. Ele voltará, mas não antes que o trabalho seja feito em nós. Quando chegamos ao ponto em que achamos que não conseguiremos mais suportar, devemos começar a regozijar, pois sabemos que o Seu retorno está próximo. Ele nos prometeu que não nos deixaria ser tentados além do que possamos suportar (1 Co 10:13). Esperar é uma das grandes provas de todos os santos. Todo patriarca teve que suportar esse teste a fim de receber a promessa, e conosco não será diferente.
Paciência e fé. A impaciência é exatamente a raiz da vontade própria. A falta de paciência tem causado a maioria dos pecados e corrupções. A impaciência violou a aliança daquele povo. Essa prova é essencial e corretamente colocada no início da jornada. Muitos perecem neste ponto crucial. Outros aprendem a ter paciência. Essa foi a primeira grande separação necessária para determinar quem realmente seguiria ao Senhor.
A Escritura Sagrada nos exorta a esperar no Senhor, não existe em nenhum momento o encorajamento a sermos precipitados. É difícil ter de esperar, mas para chegarmos a Terra Prometida precisamos aprender tanto a esperar quanto a ter de andar num ritmo devagar, totalmente contrário ao tempo atual. Se começarmos a andar depressa no deserto, iremos andar em círculos. Em quase tudo que fazemos sem paciência, gastamos mais tempo tendo que desfazê-las e tentando fazê-las novamente.

O FUNDAMENTO DA FÉ
Quando Abraão foi chamado para seguir ao Senhor, ele teve que deixar tudo o que tinha e todos que ele conhecia e vagar pelo deserto à procura de um lugar que ele nunca havia visto. Provavelmente os amigos e parentes de Abraão devem ter achado ele um tolo, irresponsável ou até mesmo louco, deixar a Babilônia, que era uma das maravilhas do mundo. Mas o sonho era mais importante para ele do que qualquer coisa que o mundo possa oferecer. O que Abraão viu com os olhos da fé era mais real para ele do que o que ele via com os olhos naturais. Tal era a fé que ele tinha, que as Escrituras se referiram a ele como o pai da fé. A fé verdadeira procede do coração e não do entendimento.
Os olhos da fé vêem o que os outros não podem ver. Aqueles que têm fé vivem num padrão diferente. Os que entendem a eternidade com seus corações pagam qualquer preço, fazem qualquer sacrifício para ser parte da cidade que Deus está construindo. A eternidade faz com que as riquezas do mundo e seus prazeres pareçam como uma simples fumaça. Uma vez que a eternidade entra em nosso coração, ela se unifica com a fé. Então, nossas provações se tornam tesouros, porque são vistas como uma disciplina que nos ajudará a produzir o fruto eterno, que nunca passará.
A verdade é que a maioria dos crentes tem uma mente demasiadamente espiritual a ponto de não ser espiritualmente sã. A visão é o fundamento da fé. Aqueles que possuem visão terão mentes espirituais. Uma vez que provamos o gosto da glória e poder dos tempos futuros, nós simplesmente não conseguimos nos interessar pelas coisas terrenas.
Não pode haver fé sem visão espiritual. Temos fé no nível de nossa visão. Para o homem espiritual, a visão será mais concreta do que qualquer tesouro ou riqueza espiritual.
Existe um preço muito caro para andar na visão espiritual. Cada um de nós deve deixar nossa Babilônia, nosso Egito. Aqueles que andam na visão espiritual geralmente vão além dos limites do seu tempo e causam um enorme impacto na terra, mas ser reconhecido na terra não é o alvo deles, mas sim o de ser reconhecido nos céus.
Quando começamos a enxergar as coisas pelo Espírito, começamos a viver na eternidade. Quando nós, como Abraão, começamos a habitar na eternidade, a paciência será nossa natureza. É difícil ser precipitado quando você sabe que tem toda a eternidade.


JOYNER, Rick. O início da jornada. Ed. Dynamus. Belo Horizonte. 2001.

Miss. Mairi Franco